7 dicas de especialista para você conseguir aquela vaga de T.I e Telecom

Criado por Letícia Castro em em 25/07/2014

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da Redação

As notícias e pesquisas estão aí, para quem quiser ver: a demanda por profissionais de tecnologia não para de crescer. No entanto, o que se percebe em fóruns, listas e grupos de discussão, nas redes sociais e em alguns eventos de tecnologia é uma grande massa de profissionais indignados com as vagas e salários oferecidos. Então, vem a pergunta: Quem está certo? Os profissionais ou as empresas?

Segundo Marco Filippetti, sócio da Cloud Campus, empresa de capacitação online com foco em tecnologia, ambos cometem erros. Do lado das empresas, o mais comum está no delineamento do perfil do profissional adequado para a vaga. Não raro, são publicadas oportunidades procurando um “super-homem”, quando o perfil real do profissional para a vaga está mais para alguém júnior. Do lado dos profissionais, o executivo lista o que ele chama de “Sete erros mais comuns cometidos por quem procura uma vaga no mercado de T.I e Telecom”. São eles:

1) Almejar altos salários sem ter experiência: Segundo Filippetti, a chamada “geração Y” – formada majoritariamente por jovens recém-egressos do ensino superior – esta acostumada (mal acostumada, ele ressalta) a ter tudo “ao mesmo tempo, agora”. Ou seja, assim que se formam, já querem ocupar cargos de nível alto, com salários elevados (acima dos R$5 mil). O problema é que o mercado não funciona desta forma. A não ser que o profissional tenha, de fato, qualidades que justifiquem ele já começar ganhando um bom salário, os recém-formados terão de se contentar com posições e salários não tão glamurosos. Posteriormente, conforme for adquirindo experiência, novas posições e salários podem ser negociados. O difícil é convencer os jovens que esta é a dinâmica natural das coisas.

2) Esquecer-se do inglês: o especialista afirma que profissionais de tecnologia que não falam inglês não vão longe. Pode parecer repetitivo falar isso, mas é fato – hoje, mais do que nunca. Motivo: A literatura base para as tecnologias mais recentes saem primeiro nesse idioma. Portanto, um profissional que não domine a língua tende a ficar defasado.

3) Não se atualizar: Este ponto está em linha com o anterior. Tecnologia é algo dinâmico. Todos os dias algo novo é criado. Empresas novas aparecem, enquanto outras têm as portas fechadas. Quem não se atualiza, não consegue acompanhar estes movimentos. E, novamente, sem dominar o inglês, é quase impossível manter-se atualizado.

4) Falar mal da empresa em que trabalhou: Este é um erro comum, não apenas no mercado de tecnologia, mas em quase todos. É um erro cometido, especificamente, por profissionais mais jovens. Postam no Facebook ou no LinkedIn comentários denegrindo uma empresa por qual já passou ou mesmo um antigo chefe. O problema é que o mercado de tecnologia (assim como muitos outros) é – com o perdão do trocadilho – altamente conectado. A regra é: jamais cuspa no prato em que comeu. Mesmo que a comida não fosse assim, tão boa.

5) Não manter o networking ativo: Networking é tudo, afinal, há uma máxima que diz que você é quem você conhece. Os profissionais de tecnologia são muito antenados com a área, mas se esquecem de manter as relações pessoais em dia. Um erro comum cometido por eles é não manter sua rede de relacionamentos ativa e atualizada. Hoje, existem redes sociais como o LinkedIn que endereçam exatamente este propósito. A dica é: use esta ferramenta (e outras) para manter-se ativo em seus círculos de contatos. Nunca se sabe quando você poderá precisar deles.

6) Achar que as certificações são uma perda de tempo: Na área de tecnologia, as certificações são um atestado mensurável que o profissional domina determinada tecnologia, assunto, linguagem de programação ou mesmo uma linha de equipamentos. Dispensar as certificações por achar que elas não valem nada é o mesmo que fazer um atestado inverso: o profissional em questão não domina aquele tema. Ponto. As empresas acreditam nestas certificações e as usam para garimpar profissionais no mercado. Possuir uma ou mais certificações pode ser a diferença entre encontrar uma excelente posição ou não.

7) Descuidar da formação acadêmica: talvez não seja vital ter uma formação acadêmica de primeira linha – apesar disso certamente ajudar na carreira. Mas, é preciso seguir estudando. Fazer uma pós-graduação em sua área de atuação pode contar pontos (especialmente ao se tratar de uma renomada instituição). Fazer um mestrado pode contar mais pontos. Uma pós fora do país, muitos e muitos pontos. E assim por diante. A regra de ouro é: jamais descuide de sua formação.

Em tempo, certificações tecnológicas não substituem uma formação acadêmica, ao contrário do que muitos pensam. Filippetti aconselha a não riscar a faculdade dos planos, achando que tirar uma certificação terá o mesmo peso, pois não terá. São coisas bem diferentes e são consideradas de forma diferente no processo seletivo.

Por fim, o especialista faz uma analogia na qual pede ao leitor que imagine que os RHs das empresas enxergam o currículo do profissional como uma refeição. “As certificações são o molho, a experiência é a carne, os idiomas adicionais são o tempero e a formação acadêmica é o prato. É muito mais interessante para as empresas os profissionais que sejam ‘uma refeição completa’”, conclui.

Comentários (2)
  1. Junior Silva comentou, em 22/10/2014:

    Ótimas dicas. Sou recém formado e por enquanto que só trabalho como freelancer uso o tempo livre pra aprimorar conhecimento.

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    • Letícia Castro comentou, em 23/10/2014:

      Boa, Júnior! Muito sucesso pra você e continue no caminho de aprimorar o seu conhecimento. É louvável. Beijo! ;)

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