Conferência Crowdsourcing: inovação e empreendedorismo foram destaques do evento

Criado por Letícia Castro em em 25/07/2013

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Um encontro de gente grande. Com mente aberta e que quer se tornar maior ainda, por meio da inovação. Quando a minha partner in crime Ana Alice Vercesi me repassou o generoso convite da Renata Galvão, da agência Target Factory, para participar da Conferência Crowdsourcing, que aconteceu ontem e terça-feira em São Paulo, não tinha a exata dimensão do que vinha pela frente. De expectativa, pensava apenas em tirar algumas dúvidas antigas sobre o mundo das startups e ver como andava o mercado do crowdsourcing no Brasil.

Entenda-se: durante quatro anos muito ouvi falar sobre crowdsourcing, no tempo em que trabalhei para Robin Good, entre 2009 e 2012. Quando começamos, ainda em 2009, praticamente nada se comentava sobre trabalho colaborativo por aqui, mas Robin insistia: “o Brasil vai estar no centro desta realidade daqui dois ou três anos, será o lugar para se investir”. E não é que o capo tinha razão?

O que vimos nestes dois dias de conferência foram pessoas que sabem exatamente o que estão fazendo, muito focadas no empreendedorismo, com vontade de alavancar ainda mais os seus negócios. O público, variado, se dividia entre gente de TI, da comunicação e outros grupos adeptos do voo solo, como franqueados de modo geral.

Mas o crème de la crème mesmo ficou por conta dos palestrantes (clique aqui para ver quem esteve por lá). Logo de cara, o renomado Don Tapscott (assista a palestra na íntegra), autor de Wikinomics: Como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio e outros 12 títulos, transmitiu, de uma simpática cabana em uma área rural perto de Toronto, no Canadá, muito sobre como as pessoas podem se organizar e colaborar umas com as outras para promover mudanças pontuais na sociedade.

Seguindo Don, o head de comunidades online da dinamarquesa Lego, Peter Espersen, com muito bom humor, discorreu sobre como a colaboração dos fans da marca participam de melhorias e ações na empresa. Peter destacou, mais precisamente, as iniciativas Lego Cuusoo e Rebrick. O primeiro, um programa através do qual as pessoas podem mandar ideias sobre o que pensam que a companhia deveria produzir e lançar no mercado e o segundo, uma plataforma social onde os fãs compartilham e trocam ideias sobre suas próprias criações com as famosas peças. Espersen deu dicas bem interessantes a respeito do tema e por isso, o Babel posta o vídeo para que você veja a palestra completa. O áudio está no original, em inglês, sem legendas e tem quase 49′ de duração, mas, trust me, vale a pena.

No segundo dia, a pegada ficou mais por conta do empreendedorismo per sé. Duas rodadas mereceram destaque. Na primeira, sobre como as grandes empresas podem utilizar o crowdfunding (sistema de financiamento coletivo de projetos), um time formado por especialistas do Sebrae e da própria Fecomércio, entre outros, trouxe exemplos de cases de projetos incubados por este sistema. E na última, com o foco em startups e seu potencial de alavancar a inovação nas empresas, que contou com algumas presenças como o pessoal da Microsoft e da TOTVS, fez questão de deixar bem claro que os fundos para investir existem, o que faltam são projetos competentes. “Só aqui”, salientou Silvia Valadares da Microsoft, apontando para o palco, “tem 100 milhões de dólares, esperando por uma boa ideia”.

Para saber mais sobre tudo o que rolou durante a Conferência Crowdsourcing, acesse o site do evento.

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