Jesus Cristo Superstar: Versão brasileira da ópera-rock de Andrew Lloyd Weber estreia hoje em São Paulo

Criado por Letícia Castro em em 14/03/2014

Jesus-Cristo-SuperstarDuda Molinos é o responsável pelo marcante visagismo dos atores na versão brasileira do musical (foto: divulgação)

da Redação

Rock N’Roll. Esse é o elemento primordial que mantém contemporâneo o espírito de um dos mais aclamados musicais de todos os tempos: Jesus Cristo Superstar, de Andrew Lloyd Webber e Tim Rice. E é explorando as qualidades características do gênero – como atitude, irreverência, contestação, agressividade e liberdade – que o diretor artístico Jorge Takla traz sua versão atualizada deste clássico musical, com estreia hoje no Teatro do Complexo Ohtake Cultural.

A montagem apresentada pelo Ministério da Cultura e com patrocínio Smiles tem no elenco principal Igor Rickli (Jesus), Negra Li (Maria Madalena), Alírio Netto (Judas), Fred Silveira (Pilatos) e Wellington Nogueira (Herodes). A realização é da TIME FOR FUN e Takla Produções. Ingressos para o espetáculo estão à venda na bilheteria do Teatro do Complexo Ohtake Cultural, pela internet (www.ticketsforfun.com.br), pelo telefone 4003-5588 ou pontos de vendas espalhados pelo país.

Sucesso mundial, “Jesus Cristo Superstar” coleciona inúmeras montagens no teatro e no cinema. Seu enredo apresenta Jesus Cristo, Judas Iscariotes e Maria Madalena como personagens centrais em embates políticos, religiosos e pessoais que são vividos pela humanidade até os dias de hoje. A narrativa enérgica trata da última semana de vida de Jesus, desde sua chegada em Jerusalém até o dia em que foi crucificado. O musical é marcado por um texto politizado e cheio de gírias, que na montagem tem versão brasileira de Bianca Tadini e Luciano Andrey.

O espetáculo original foi criado no inicio dos anos 70, no rastro dos eventos de Maio de 68, quando os jovens foram para as ruas se manifestar contra a opressão do sistema, derrubando governos, mudando regras, exigindo seus direitos. Viu-se uma década cheia de energia, de contestação e de reivindicações por um mundo melhor. Toda essa revolução teve o rock como trilha sonora amplamente explorado no espetáculo. Nesta versão, a direção musical é de Vânia Pajares.

Por carregar consigo um contexto político, o espetáculo foge de uma simples narração bíblica e ganha contornos de modernidade e humanidade. “Jesus de Nazaré era antes de mais nada um revolucionário, que lutava contra a opressão. Ele não era somente um líder religioso. Líder, sim, mas muito humano, com seus conflitos e dúvidas, como qualquer líder espiritual budista, muçulmano, judeu ou cristão”, afirma Jorge Takla.

Para ele, o espetáculo é atemporal e, mais do que isso, mostra-se mais atual do que nunca. “Trata-se de uma obra dinâmica e cheia de energia jovem, com uma música deslumbrante, além de cenários e figurinos super contemporâneos e universais, que mexem com o ‘jovem sonhador’ que existe em cada um de nós. Ele mostra este homem (Jesus Cristo) e a sua ‘turma’ como verdadeiros seres humanos, com suas qualidades e defeitos, representando exatamente o que o povo queria ouvir. Como aconteceu no surgimento do rock nos anos 50, Maio de 68, e junho de 2013 na Paulista… e como um bom Teatro Musical de hoje”, conclui.

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