Bolha imobiliária: Segundo vencedor do Nobel, ela existe no Brasil

Criado por Letícia Castro em em 31/01/2014

bolha-imobiliaria-brasilPese a análise do economista, CEF nega a possibilidade da bolha imobiliária brasileira

da Redação*

O economista estadunidense Robert Shiller, vencedor do Prêmio Nobel de Economia 2013, suspeita que o Brasil possa estar vivenciando uma bolha imobiliária. Para ele, apesar de afirmar não conhecer muito bem o mercado imobiliário brasileiro, o aumento dos preços dos imóveis nos últimos cinco anos não é natural. A valorização em algumas cidades ficou acima dos 200%.

De acordo com Shiller, o Brasil deve evitar a inflação dos preços dos imóveis com as seguintes ações: investimento em transporte coletivo de qualidade e a implantação de escolas nos novos bairros das grandes cidades. Vale lembrar que a bolha imobiliária foi um dos fatores responsáveis pela crise econômica nos Estados Unidos a partir de 2008.

Em resposta, o diretor de habitação da Caixa Econômica Federal (CEF), Teotônio Rezende, afirma que “o mercado imobiliário brasileiro é muito diferente do americano”. Lembrando que a CEF é responsável por mais de 70% dos financiamentos imobiliários no Brasil. Atualmente, a taxa de inadimplência é de apenas 1,5%.

Também vale a pena lembrar o artigo “Coisas que levei um tempo para apreender: o termo “bolha” no mercado imobiliário”, que apresenta informações de um estudo da Fundação Getúlio Vargas sobre a “bolha” no Brasil.

De acordo com o artigo mencionado: “O estudo aponta que no Brasil, o aumento dos preços dos imóveis foram ocasionados por condições naturais e peculiares da economia do país, e não exclusivamente pela ação dos investidores, portanto é uma elevação condizente ao mercado. “A demanda no ramo imobiliário não supre a oferta, devido ao tempo que se leva para construir novos empreendimentos e, por isso, o resultado é o encarecimento dos imóveis”.

A respeito das previsões futuras, o texto é bem claro: “… a análise indica que, em caso de não haver “bolhas”, fato que deve se consumar, os preços irão consolidar-se, uma situação sem constantes aumentos, ou seja, uma padronização dos preços”.

*Nota: A expressão “da Redação” aparecerá no BABEL.com sempre que indicar a republicação de matéria recebida através de assessoria de imprensa. O texto sempre passará por revisão, antes de ser apresentado aos leitores deste blog.

Escreva um comentário