São Paulo, 460º
Megalópole do sul-hemisfério,
urbe solitária do progresso pujante
da antipátria ingrata,
nós, teus filhos de sangue e coração,
as flores do asfalto,
te saudamos.
Sendo tu já tão imperfeita,
longe de mim
o insuportável habitar outro solo
que não o paulistano.
Nova vida eu tenha,
novo rebento humano
há de brotar no Ipiranga.
Pedir demais não seja.
Concreto escarlate,
meus restos,
em pó transformados,
voarão livres
pelo céu do Ibirapuera.
Até o epitáfio-momento,
é da tua dureza
que se alimenta a flor bela,
sufocada na janela.
Muito além do cristal frio,
ela rutila,
do amarelo mais intenso.
Parabéns, São Paulo.
Comentários (4)
Só mesmo uma paulistana como você, não digo só de sangue, mas, sobretudo, de coração, para escrever uma beleza assim.
Saudades demais de vc, Lu. Ou eu vou, ou vc vem. Vamos dar um jeito. Beijo! rs
Maravilhoso minha filha. Parabéns! São Paulo é tudo isso. AMO VOCÊ! Beijos
Eu amo a senhora mais! rsrsrs