Napoleão Bonaparte: un véritable herós pour le Brésil

Criado por Letícia Castro em em 03/04/2008
Aproveitando o mote da chegada da família real ao Brasil, o Babel.com entrevista, com exclusividade, o grande militar francês, que se auto-proclama (ele gosta de fazer isso) o verdadeiro herói de toda a epopéia. Não fosse por ele, talvez até hoje o país estaria sem estradas, bancos, bibliotecas, jornais, universidades, moeda própria, indústrias, além do risco de perder a unidade e acabar dividido, como sugere o historiador americano Roderick J. Barman.

Por que a responsabilidade recairia sobre os ombros de Napoleão? Simples: a idéia de vir para o Brasil já tinha, pelo menos, três séculos, pois Portugal começava a entrar em decadência e a colônia se mostrava muito promissora. A decisão foi sendo adiada até que bateu às portas da regência de D. João VI que, em 1807, viu-se apurado com a iminência do feroz conquistador nas fronteiras do reino e não pôde mais dar-se ao luxo de hesitar. A dinastia Bragança corria perigo de ser destronada. Dizem as más línguas que a tropa francesa que invadiu Lisboa estava tão maltrapilha que poderia ter sido derrotada com facilidade. O príncipe regente, no entanto, nunca foi conhecido por sua coragem e acabou dando no que deu.

Em conversa, via internet devido a sua agenda ocupada (Napoleão tem um Vaio última geração), o general francês se mostra ressentido. Diz ter perfeita noção de sua relevância na história brasileira e se considera um injustiçado, ao ser visto como o vilão que ocupou a metrópole. Leia a íntegra da entrevista abaixo e conheça um pouco mais do que pensa este grande líder. O texto foi traduzido do francês, pois, depois da experiência com D. João VI, Napoleão desistiu de aprender a nossa língua (afirma saber algumas palavras e considera o idioma belíssimo).

Babel.com: General, o que o senhor pensou quando soube da fuga da família real para o Brasil?
General Bonaparte: Só me lembro de ter pensado, acerca do episódio e de D. João: “Foi o único que me enganou.”.
B.: O senhor, em algum momento, suspeitou que isso pudesse acontecer?
GB.:
Havia rumores antigos sobre isso. Mas, naquele momento, não. Inclusive tentamos negociar com Portugal uma aliança contra a Inglaterra e, até onde sabíamos, o acordo estava de pé. Foi uma surpresa total.
B.: Como encarou o fato?
GB.:
Em princípio, não me agradou, é claro. Mas depois vi que, com ou sem rei, Portugal já era nosso, de qualquer forma. Contudo, teria sido interessante sentar no trono e tal.
B.: E agora, tendo conhecimento das mudanças implementadas no Brasil, como se sente?
GB.:
Meio injustiçado. Além de tudo, esse homenzinho ainda vai levar a fama? Por acaso, ele teria ido se eu não ameaçasse invadir? Duvido, para mim está muito claro que fiz o momento e a ocasião.
B.: Qual é a sua opinião sobre todo esse avanço, da noite para o dia?
GB.:
Pura demagogia. Se Portugal tivesse realmente planos de desenvolver a colônia, o teria feito há muito tempo. As colônias espanholas tiveram outra sorte. O Brasil naturalmente chegaria lá e se inseriria no mundo moderno. Levaria mais tempo, no entanto. A corte portuguesa sempre manteve o Brasil com rédeas curtas e firmes e freou qualquer chance de progresso por interesse próprio. Manteve, no ostracismo, a colônia de maior potencial das Américas. Só posso afirmar que há mais interesses ingleses que portugueses em “tanto avanço”…
B.: Uma última palavra aos brasileiros.
GB.:
Talvez o mais importante seja dizer que, em política, nada é de graça. A mudança dos portugueses, sem dúvida, tem seu lado positivo e negativo e, tudo o que aconteceu desde então, só se deu porque eu estava chegando lá, literalmente. Merci et adieu!

Depois da entrevista, a reportagem continuou no chat com o general e fez um “ping-pong” com ele, para mostrar o seu lado mais descontraído e pessoal. Napoleão fez questão de tentar responder tudo com seu parco português, de maneira muito simpática (ele é um conhecido sedutor) com a nossa equipe. Veja abaixo:

Nome: Napoleone di Buonaparte (o “di” vem da sua linhagem nobre na Itália, quase não utilizado pela família)
Data de nascimento: 15/08/1769
Lugar de nascimento: Ajaccio, Córsega
Altura: 1,68m (a histoire de eu ser petit é pura intrigue de l’opposition)
Animal de estimação: Marengo,
mon cheval
Cor:
vert
Defeito: Sou un peu ambitieux, mas não é
un probleme…
Esporte: Cavalgar
mon cheval
Hobby: Invadir
l’ Europe
Livro: Il principe, de Maquiavel (l’édition comentada par moi)
Mania: Colocar ma main dentro de
mon casacô
Medo: De homme nenhum, mais les gatinhos… je n’aime pas!
Peso: Zíp! (desembainha a espada e a reportagem muda de assunto…)
Prato preferido: les mille-feuilles
Signo:
lion
Um homem bonito: moi (B.: – “Eu”, general, a gente diz “eu”. G.:Ah, bien sure, merci.)
Um homem inteligente: “eu”
Uma mulher bonita: Joséphine, toujours Joséphine (mas a comtesse Waleska é très jolie…)
Viagem: Eu pense que agora je vais au Brésil… (risos)

Comentários (5)
  1. Luciano comentou, em 04/04/2008:

    É, o baixinho é fogo na roupa!
    Nada como um baixinho invocado para liderar a sua nação, não é mesmo?
    Muito boa a entrevista com o destemido General.

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  2. palma comentou, em 04/04/2008:

    Adoramos que bom se tivessems um homem desse a frente desse país.b

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  3. pALMA comentou, em 04/04/2008:

    NADA COMO TER UJ CONHECIMENTO DESSE GRAU. pARABENS

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  4. Andre comentou, em 06/04/2008:

    Temos mesmo que agradece-lo… rs
    Excelente!

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  5. Lucho comentou, em 24/06/2008:

    É, realmente o baixinho não mudou só o Brasil, mas deu uma boa sacodida no mundo.

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