Tem home-office, mas se sente isolado? O coworking pode ser a solução

Criado por Letícia Castro em em 27/06/2013

O coworking ou a possibilidade de dividir um espaço de trabalho com alguém é um modelo que começou a ser utilizado em 2005 nos Estados Unidos, ainda com o nome de “9 to 5 group“, em referência ao horário de trabalho da maioria dos escritórios daquele país.

Baseado no compartilhamento da área e dos recursos que o local oferece, o coworking também tem sido muito utilizado por alguns profissionais autônomos no Brasil. Advogados, jornalistas, designers, donos de startups e micro e pequenas empresas cada vez mais se interessam por um lugar para trabalhar mais organizado do que a própria casa.

Segundo a pesquisa Coworking no Brasil 2013, realizada pela equipe do site Movebla, especializado em assuntos de trabalho móvel, já existem aqui mais de 100 escritórios compartilhados, com um público-alvo bem variado. O estudo abrangeu 321 profissionais, a maioria composta de jovens empreendedores entre 19 e 35 anos, e estes são alguns dados que foram levantados:

 numeros_do_coworking_no_brasil_desk_coworkingInfográfico: © DESK Coworking

 

Anderson_Siqueira_jornalistaNa opinião de Anderson, o coworking gera um bom ambiente de interatividade com outros profissionais

Para o jornalista mineiro Anderson Siqueira Garcia, sócio-diretor da Fatto Comunicação, o sistema tem um ótimo custo/benefício. “Os participantes pagam um valor fixo, que pode ser por dia, semana ou mês. De acordo com o pacote, tem direito à internet wi-fi, mesa de trabalho, sala de reunião, serviço de papelaria (impressão, correspondência etc.), dentre outros”, afirma. Anderson trabalhou para a primeira empresa de coworking de Belo Horizonte, a CoolWorking, entre 2009 e 2010, depois de gostar da ideia de um colega da faculdade, fundador da companhia.

Aderir a um espaço de trabalho que ofereça todos os recursos necessários, sem precisar gastar muito é o grande atrativo deste tipo de negócio. Em muitos casos, os escritórios compartilhados servem também como uma ferramenta de negócios, já que várias áreas trabalham lado a lado, podendo abrir um leque grande de compartilhamento de funções entre as pessoas.

Para fomentar essa troca, o sistema tem investido em iniciativas para usuários, como eventos, workshops, e até parcerias com instituições como Senac e Sebrae. “Alguns coworkings oferecem uma diversidade de habilidades que normalmente um escritório específico não tem. Aqui temos profissionais de áreas diversas, que podem colaborar um com o outro na sua especialidade”, destaca Paula Camanho, da CWK Coworking. Paula afirma também que a busca pelo coworking está em ascensão e a estimativa é de que cada vez mais profissionais de outros nichos façam sua migração para o modelo.

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