São Paulo 456 anos: no aniversário da cidade, BABEL.com traz seleção pessoal de fotos do Parque do Ibirapuera

Criado por Letícia Castro em em 24/01/2010
“Lugar onde havia árvores podres” (do tupi: “ibirá”, árvore, pau podre e “puera”, o que já foi), ou algo assim, é o que significa “Ibirapuera”, antes um pântano, hoje a mais famosa área verde da cidade de São Paulo. Neste 25 de janeiro, data em que São Paulo comemora seus 456 anos de vida, o BABEL.com homenageia esse cantinho tão intimamente importante e que também faz parte da vida de milhares de outros paulistanos que cruzam essas terras atoladas todos os dias. Mais abaixo, você encontrará uma seleção de fotos que dizem muito do parque (e também deixam de fora algumas áreas significativas), mas que tem o objetivo de mostrar, com um olhar mais pessoal, o “Ibira” que o Babel vê em suas caminhadas cotidianas por esse oásis no meio da capital tão frenética. Convido a você, leitor, para essa viagem no espaço, mas antes, para dar um pouco de conteúdo ao seu passeio, aqui estão algumas informações pontuais sobre o Ibirapuera.

O Parque do Ibirapuera, um dos símbolos da capital paulista, foi idealizado ainda na década de 20, por José Pires do Rio, então prefeito da cidade, mas só foi inaugurado em 21 de agosto de 1954, em virtude da comemoração do quarto centenário da fundação de São Paulo. A obra ficou sob a responsabilidade de Oscar Niemeyer, autor do projeto arquitetônico, além de Roberto Burle Marx (projeto paisagístico) e Otávio Auguto Teixeira Mendes, o engenheiro agrônomo que levou a cabo a construção.

Com cerca de 1,500 km² e três lagos artificiais, o Parque do Ibirapuera conta ainda com alguns dos principais museus da capital, entre eles o Museu de Arte Moderna (MAM), pavilhões (que hospedam alguns dos eventos e exposições mais significativos do país como a Bienal Internacional de Artes, do Livro e, atualmente, o São Paulo Fashion Week), planetário, auditório, monumentos, obelisco, quadras esportivas, playground, ciclovia, pistas de cooper, ginásio de esportes, herbário e um viveiro (o Manequinho Lopes, com 48.000 m², em torno do qual o parque foi construído), entre algumas das muitas atrações que se encontram por aqui. O parque recebe diariamente cerca de 20 mil pessoas, número que sobe para 70 mil aos sábados até o pico de 130 mil, a cada domingo.

Agora que você já conhece um pouquinho do Ibirapuera, te convido a ver abaixo a razão pela qual tanta gente faz desse lugar tão especial um cantinho muito cobiçado de São Paulo. Com vocês, o que o Babel vê quando faz suas caminhadas pelo “Ibira”, como se acostumou a chamá-lo, de modo tão íntimo. Algumas legendas podem orientar o leitor, mas o legal será deixar os olhos vagarem e percorrer o trajeto comigo. Topas? Então, vamos lá.

1. Ponto de partida: se você vier de carro, depois de deixá-lo no estacionamento (próximo à entrada do Pavilhão da Bienal), uma das primeiras construções que verá no caminho é esta ponte de ferro, que faz um barulho danado quando se está em cima dela e te lembra na hora que você deve perder muitos kilinhos… A vista é linda, no entanto.

No meio do caminho: ponto estiloso para um pit stop ou esperar uma carona nos carrinhos que deslocam as pessoas pelo parque.

Voltando à pista, concentração na caminhada. As pistas de cooper do Ibirapuera são uma atração à parte. Nelas, você vê toda espécie de “fauna humana”, misturada com os animais nativos e cachorros, principalmente. Uma grande quantidade deles!


Este é um dos pontos inusitados do parque, na frente do Museu de Cultura Afro-Brasileira. É um pátio/estacionamento onde geralmente acontecem eventos em dias comemorativos. Neste fim de semana, o mote é o aniversário da cidade e o aviso, ecologicamente correto, relembra: “Mantenha o seu córrego limpo” (melhor não questionar…).

2. Próximo trajeto. Esta curva indica uma mudança no percurso da pista de cooper (e também da ciclovia). Aqui estamos mais ou menos no minuto 15 da caminhada que começou no estacionamento. Do lado direito, logo se verá o primeiro dos lagos artificiais (o outro, à esquerda, próximo também) e a paisagem que vai se descortinando a todo instante por entre as árvores é de tirar o fôlego.

Estes cisnes negros são a maior atração do lago principal. A beleza e a graça dessas aves de ornamentação são responsáveis pelos milhares de cliques que disparam a todo instante a cada vez que se aproximam.

A cidade de concreto ao fundo e o Monumento às Bandeiras.

As lanchonetes são charmosas, bem-abastecidas e a água de coco é um reparador muito bem-vindo!


Planetário.

Cópia em bronze da famosa escultura romana de Laocoonte.

De fim de semana, a sanfona é garantida. “Asa Branca”, entre outros clássicos do repertório.

Esta é um caminho muito especial. Seguindo em frente, chega-se ao viveiro Manequinho, mas o lance aqui é a energização desse túnel de bambus. Não há quem não saia diferente de como entrou, antes de percorrê-lo.


Quem disse que paulistano também não curte uma preguiçosa rede?


Playground, e outras cores se juntam ao verde predominante.


“Praça do Porquinho”, a escultura retrata a “Pega do Porco”, um jogo entre os imigrantes italianos.

3. Mais um trajeto. Aqui começa a área das quadras esportivas. No final delas (minuto 45, aproximadamente), está o estacionamento onde o Babel costuma deixar o carango. Mais abaixo, no entanto, “chorinho” especial, com imagens da Oca e do Auditório.

No outro extremo: a Oca, no Portão 3.

Marquise do Ibirapuera: ponto de encontro da turma do skate e patins.


Auditório do Ibirapuera: o palco interno também se abre ao fundo para um gramado, na parte externa.

E, então, gostou? Este é o meu percurso, se você conhece o parque, diga qual trajeto costuma percorrer. Se nunca veio, fica o convite para passar por essas bandas na próxima visita à São Paulo. O Parque do Ibirapuera é um dos pontos imperdíveis da capital, portanto reserve ao menos uma tarde para vê-lo mais de perto!

Fotos: Letícia Castro

Aqui se fala português.
Comentários (9)
  1. Mayara Caparroz comentou, em 25/01/2010:

    Oi, Letícia.

    Que legal esse paseio!

    Eu moro em Jundiaí, interior de São Paulo; tive a oportunidade de visitar o parque somente uma vez, em uma excurssão na escola, há algum tempo.
    Bom, de qualquer forma, eu aproveitei este “tour virtual” porque viajei mesmo nestas imagens e imaginei-me caminhando por lá, rs.
    Quem sabe eu passe para uma nova visita qualquer dia? :)

    Beijo.

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  2. Mayara Caparroz comentou, em 25/01/2010:

    Nossa, estou muito feliz!
    Fiquei muitíssimo emocionada por receber sua visita na Terra de Ninguém e também muito grata pelos comentários e elogios.
    Para mim é de grande valor e estimulo ter alguém como você, uma jornalista tão consagrada, como seguidora do meu blog. Obrigada!
    E obrigada novamente por me considerar sua comadre, rs! E saiba que o Babel.com é, com toda a certeza, minha fonte de inspiração.
    Eu só tenho a agradecer e dizer que estou mesmo muito, muito, muiiiiiiiiito feliz!

    Beijos da eterna fã :D

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  3. LETÍCIA CASTRO comentou, em 25/01/2010:

    Não tem preço. :)

    Eu é que agradeço, Mayara. ;)

    Beijos, comadre!

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  4. LISON comentou, em 26/01/2010:

    Saudações!
    Que Post Fascinante!
    Amiga LETÍCIA, com estas fascinantes imagens e o histórico, você me deixou morrendo de saudades… Parabéns pelo belíssimo Post!
    Todas as imagens estão impecáveis!
    Abraços,
    LISON.

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  5. blogdaconvergencia comentou, em 26/01/2010:

    Um passeio inesquecivel para um turista e de auto-conhecimento para um paulistano. Linda imagens.

    Abraços

    Renan Horan

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  6. Silvia comentou, em 29/01/2010:

    Oi filhota,

    Parabéns pela matéria e principalmente pelas fotos que estão 10.
    AMO VOCÊ MOÇA BONITA.

    BEIJOS

    TU MAMITA

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  7. Guilherme Freitas comentou, em 30/01/2010:

    O Parque do Ibirapuera é uma das melhoras coisas da cidade de São Paulo. Claro que não é nenhum Central Park paulistano, mas sua beleza fazem com que a gente pense que não está na capital paulista. Belas imagens. Beijos.

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  8. TEIA comentou, em 31/01/2010:

    Olá.
    Seu blog tá na TEIA.
    Parabéns.
    Até.

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  9. Jorge Fortunato comentou, em 18/02/2010:

    Oi Lê
    Depois da folia estou passando pra dar um Oi e me encantei com as fotos. De fato, o IBirapuera é que há de mais bonito em SP. No meio de tanto concreto, o parque é um Oásis para os habitantes dessa cidade frenética. Ótimo local pra relaxar. Estive aí em 2000 para a exposição dos 500 anos do Brasil e adorei.
    Beijos com saudades,
    Jorge

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