Canteiros de obra cada vez mais femininos

Criado por Letícia Castro em em 08/03/2014

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Aumento da qualificação profissional garante competitividade entre homens e mulheres na construção civil

da Redação

As mulheres seguem conquistando espaços que antes eram ocupados pelos homens. Elas estão nos canteiros de obras, na liderança de empresas e nas polícias. Exemplo desse perfil é Neusa Mota, a paraibana que desde jovem sonhava em construir prédios, tornou-se engenheira civil, empresária e professora.

Ao entrar em um ambiente masculino é fácil imaginar que a recepção será hostil, mas Neusa diz que no tempo de estudante de engenharia não houve preconceito. Mas, “às vezes, olhavam-me de modo diferente. Talvez analisando o meu descontraído trânsito em uma profissão que é predominantemente escolhida por homens”, lembra.

Nos canteiros de obras, a engenheira também desviou das possíveis barreiras. “Não tive dificuldades, inclusive em razão do despojamento típico dos paraibanos, que trago nas minhas raízes. O trato com os demais profissionais da área flui normalmente, sem qualquer indício de preconceito, muito pelo contrário”, conta Neusa Mota.

Em outubro de 2008, um novo capítulo começou a ser escrito com o surgimento da BMS Engenharia. Neusa Mota é a sócia-diretora da primeira empresa do setor localizada no Distrito Federal a conquistar o certificado ISO 9001:2008. “Como profissional da engenharia é muito gratificante saber que colaborei para a construção de edificações seguras e de destaque no país, a exemplo do Aeroporto de Brasília, do Estádio Nacional e da obra do BRT Sul, dentre outras”, disse a empresária.

Toda dedicação aos estudos valeu a pena. “É muito bom constatar que anos de estudo são o diferencial na sua atuação”, Neusa reafirma a importância da formação para quebrar barreiras do preconceito. “Homens e mulheres vão aonde as profissões exigem e suas habilidades permitem. As mulheres têm ampliado seus horizontes e não há mais espaços exclusivamente masculinos”, afirma.

Além do trabalho na BMS, Neusa é professora em uma universidade da cidade. Parece difícil se dividir em tantas atividades, mas ela tem um segredo: “não ceder ao cansaço”. A engenheira é casada e tem dois filhos, e consegue estruturar bem a rotina, contando com uma ajuda especial do marido e também sócio. “Procuro reservar espaços diários especialmente para eles e para meu companheiro, que muito me auxilia em todas as atividades com as crianças e a empresa”, disse.

Veja mais a respeito do crescimento da participação das mulheres na construção civil nesta matéria do Jornal Nacional:

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