Morre Zilda Arns: um exemplo incomparável de trabalho humanitário no Brasil
Zilda e seu eterno combate contra a desnutrição infantil (Foto: Abril.com)
A médica pediatra e fundadora da Pastoral da Criança, Zilda Arns, 75, morreu em virtude do terremoto de 7 graus de magnitude, ocorrido nesta terça-feira no Haiti. Além de pediatra, Zilda também era sanitarista e especialista em Pediatria Social e Saúde Pública e estava em missão no país quando foi vítima da tragédia que já afeta até 3 milhões de pessoas.
Zilda Arns Neumann nasceu em 25 de agosto de 1934, em Santa Catarina e foi a criadora da iniciativa Pastoral da Criança, organismo da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – que ela coordenava desde 1983. Indicada três vezes seguidas ao Prêmio Nobel da Paz, a sanitarista teve uma vida coroada por trabalhos sociais em prol da saúde infantil e chegou a ser reconhecida mundialmente pelo engajamento e dedicação ao longo de sua carreira. O fruto do seu trabalho envolve mais de 80 mil voluntários que acompanham cerca de 3 milhões de crianças com menos de 6 anos de idade por todo o país.
Com o intuito de combater a desnutrição infantil, Zilda desenvolveu, na Pastoral da Criança, a multimistura, um complemento alimentar à base de farelos, sementes, pó de mandioca e cascas de ovos (com algumas variações) que, pelo seu alto teor de nutrientes, é considerado um valioso elemento para a recuperação do equilíbrio nutricional. À mistura é atribuída a responsabilidade de ter salvo a vida de milhares de crianças no Brasil, além de ter sido implementada em 20 outros países.
A morte da humanitarista foi confirmada nesta quarta-feira pelo seu sobrinho, Flávio José Arns, senador do PSDB (PR) e reiterada logo após pelo ministro de Defesa do Brasil, Nelson Jobim, além da própria CNBB. Sobre o falecimento da irmã, o arcebispo emérito de São Paulo, Dom Evaristo Arns, disse que Zilda “está no coração de Deus”. O arcebispo também declarou que a médica tivera uma morte bonita, ainda que surpreendente, pois morreu no cumprimento de uma causa em que sempre acreditou. Zilda residia atualmente em Curitiba, era viúva e deixa cinco filhos.
Imagem: Folha de São Paulo
Aqui se fala português.
Oi minha filha,
Muita tristeza, morre uma mulhuer com M maiúsculo. Espero que a Pastoral continue funcionando como quando ela estava a sua frente. Ela não só está no coração de Deus, como sentada a seu lado.
Linda homenagem.
TE AMO MUITO.
beijos
tu mamita,
Realmente uma morte trágica de uma pessoa caridosa e que fez muito por muitos.
Que ela descance em paz!
[Letícia Castro, agente não é parente? Rsrsrsrsrs]
Uma grande perda para a humanidade que já tão carente de pessoas assim…
Bacione
Realmente uma perda muito sentida…pessoas assim é que fazem a diferença no mundo…
Nossa…. eu chorei por tudo isso. Acredito que ela é um anjo que agora brilha lá no céu. Um anjo que encantou com amor as pessoas, se doando o tempo todo, brilhando, porque onde chegou levou a luz de seus passos.
Bjs
Ela é daqui de Curitiba, uma mulher de FIBRA, estão pleiteando de novo a sua indicação para o Nobel da Paz.
Ela já foi indicada em vida e não ganhou, espero que agora ela ganhe essa homenagem, mesmo que póstuma.
Parabéns pelo post… abraço.
Olá, boa tarde.
Lindo o texto. Muito bom mesmo.Lamentável, uma perda irreparável.
Já que estou aqui dando uma observada, aproveito para convidar a conhecer FOI DESSE JEITO QUE EU OUVI DIZER… em http://www.silnunesprof.blogspot.com
Saudações Florestais !
Uma grande perda para o Brasil…
Meu Mundo Quadrado mudou de ares…
Tenho Novo Blog só ta faltando você para ele ficar completo para mim…
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