Vôlei de praia e peculiaridades made in China
A esperada exibição de Ana Paula e Larissa: sucesso logo de cara (Fonte: ESPN Brasil)
O Brasil estreou com vitórias nas primeiras partidas do torneio de vôlei de praia em Pequim. No sábado, os atuais campeões olímpicos, Ricardo e Emanuel, bateram Fernandes e Morais, de Angola, por 2 sets a 0. Mais tarde, Ana Paula e Larissa fizeram a esperada estréia vencendo a dupla da Geórgia (formada pelas brasileiras naturalizadas, Cristine e Andrezza) por 2 sets a 1. No domingo, foi a vez de Talita e Renata virarem o jogo no tie break e garantir a vitória por 2 sets a 1 contra a dupla do México, Candelas e García. Na seqüência, deu Brasil de novo: Márcio e Fábio Luiz arrasaram os italianos Lione e Amore por 2 sets a 0.
Cheerleaders chinesas em plena performance (Fonte: Site Globo Esporte)
A expectativa de vitória brasileira se confirmou e as disputas prometem ficar ainda mais emocionantes. Nas areias de Chaoyang, a arena da modalidade, no entanto, é impossível não deixar de notar novamente o esforço chinês na busca por inserção global. O país que, em março deste ano, baniu a atriz Tang Wei, estrela do filme “Lust, Caution” (desejo, cuidado), premiado em Veneza, não tem problemas em exibir a sensualidade de suas cheerleaders, nos intervalos das competições. Bombshells a la chinesa, as garotas fazem perfomances desinibidas na quadra, tentando animar a platéia. Não fosse por se tratar de Pequim e pela péssima trilha sonora, ninguém diria que não é um acalorado dia de sol em Ipanema.
A Arena de Chaoyang, sede dos jogos de vôlei de praia (Fonte: Yahoo! Esportes)
A trilha sonora, aliás, merece um pouco mais de destaque. Parece que um chinês, confinado em um quarto escuro clandestino, fora incumbido da tarefa de selecionar os hits que vão embalar os jogos na areia. O empenhado compatriota faz o download do famigerado E-mule e digita: party songs for beach volleyball. O resultado não podia ser diferente: uma versão genérica de “Ilariê”, em espanhol, não cantada por Xuxa e Cia. (cujo original já dispensa imitações). Além do clássico, um sem-fim de temas “lado B”, irreconhecíveis que, diga-se de passagem, não levantam o público. Raramente surge um sucesso conhecido, especialmente dos anos 70 ou 80 (como a surrada “We will rock you“, do Queen), e algum “axé” pré-histórico. Os chineses se esforçam e, no meio da platéia, surge a insólita figura do que seria o “personal torcedeitor Tabajara” (com a licença do Casseta), criatura animada que, diante das câmeras, sacode inflamado a bandeira ora de um time, ora do outro, de acordo com o comando do DJ. Em tempo: o DJ é o austríaco Stari e a transmissão das imagens está a cargo de uma equipe de 48 brasileiros. Contudo, o que se viu até agora foi um show deslocado, quase de horrores. Um grito por aceitação.
Phelps comemora a primeira medalha em Pequim (Fonte: O Globo)
No quesito “execução de hinos”, a coisa não melhora. Intriga tentar desvendar o que o americano Michael Phelps, em seu primeiro ouro (de um total de oito que pretende alcançar), sentiu quando ouviu os primeiros acordes de “Star Spangled Banner“. A expressão de estranheza no rosto do nadador era nítida. No seu e no de quem está acostumado a ouvir repetidamente o tema nos Jogos Olimpícos. A música simplesmente não deslanchava, por causa da enorme introdução que acabou cortando a frase mais significativa do hino daquele país, “and the home of the brave!” (e o lar dos bravos). Mensagem implícita dos rivais chineses, na tentativa de minar a supremacia norte-americana: “not that brave anymore”. Simbólico.
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Aqui se fala português
Oi, Lê!
Nossa, como torci pelas meninas do voley de praia…hehehe…e as meninas da ginástica então, bnem se fala…heheheh…adorei o comentário sobre a selação das músicas durante a partida…deveria ter contratado um DJ brasileiro que ia fazer o mundo babr….hehheheh
E dá-lhe Babel.Com na cobertura olímpica de pequim 2008! Somos parceiro nessa jornada!
Bjão,
=]
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Olá, dona Letícia,
Nuss, como torci pras meninas do vôlei. Infelismente não tive muito tempo pra assistir os jogos, a escola tá muito “pesada”. Num trecho da sua matéria, o “americano Michael Phelps”, que você estava se referindo é do Estados Unidos, né? Por que no caso seria “norte-americano”. Me desculpa, viu? Mas eu não consigo aceitar essa dominação dos Estados Unidos que até o termo “americano” pertence a ele. Bom, adorei a reportagem, viu?
xD
abraços
Oi minha filha,
Parabéns pela matéria, pessoas como eu que não tem tempo de ficar assistindo aos jogos, essa matéria é tudo de bom. Quanto as músicas, se eles tivessem levado um dos nossos compositores de escola de samba, ai sim é que a coisa iria pegar fogo, iriamos nos deliciar com os chineses pelo menos tentado balançar as cadeiras, que em verdade nem tem. rsss.
AMO VOCÊ!
beijocas com saudades
Tu mamita
J, eu entendo a tua revolta e compartilho do sentimento, não tenha dúvida! O problema é que o a linguagem jornalística prevê essa brecha (dá uma olhada em textos da Folha, por exemplo) e a nomenclatura se alterna ora como “americano”, ora como “norte-americano”, como tb aparece no texto mais abaixo. Eu costumo até dizer que os EUA nem nome tem, pois “estados unidos da América” somos todos os demais países, especialmente os federativos como o Brasil e o México. Mas, fazer o que? Tenhamos paciência…
Quanto a vc, amiguinho, tem mais que dizer o que pensa e botar a boca no trombone mesmo. E acho maravilhoso que vc pense assim e tenha esse espírito patriótico inflamado. Não perca isso nunca, viu?
Beijinho especial pra vc!
Letícia.
Neguinha, vc é tão aplicada, tão metódica, tão profissional, acho tão bonito essa menina assim, toda direitinha… te adoro, doce… quanto as meldalhas, devo ser o único ser humano que não ligo nada a esportes, ninguém é perfeito!
Eu acho esse negócio de cheerleaders de uma cafonice americana sem fim… No intervalo eu não fico olhando a areia vazia, eu vou fazer xixi, esticar as pernas, sei lá… e as doninhas dançando. Fico pensando! Será que tem alguém prestando atenção? Aí rola uma pena danada…
Ah com relação ao Phelps… Ele é um mutante. Pronto.. falei a verdade… Apróxima edição do Heroes vem com ele no papel de homem peixe… caraca! O cara não é normal
Uia, quanto texto novo. Onde eu estive esse tempo? hehe
Então… além das músicas, eu me gaaaasto com essas lideres de torcida. É hilário ver esses olhinhos puxados tentando rebolar. ^^
A cobertura tá ótima, Lê!
^^
Boa semana!
;*
Oi Lê!
Dessa trilha sonora será que sairá samba? Acho que sim, afinal as perspectivas quanto ao desempenho brasileiro são as melhores possíveis.
Quanto ao gentílico dos Estados Unidos da América (não podia sair sem deixar minha opinião acerca desse fato), prefiro estadunidense, Mesmo esse indo contra a maré das denominações comuns à impressa. Em economia e esportes, é proibido o uso de americano e norte-americano para cidadãos dos Estados Unidos.
Beijos.
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É, o estadunidense existe sim. A imprensa de massa tenta evitar porque soa espanhol. Às vezes a gente fica entre seguir o fluxo e o que é correto. Eu opto pela nomenclatura mais corrente, apesar de acha o termo “estadunidense” lindo, por razões de raíz, é claro. : )
Mas sabe como eu queria escrever mesmo? Yankee!!! hehehe
Não gosto muito de Vôlei (e testou tentando fugir das Olimpiadas), mas o seu texto é muito bom…parece até um periodista profissional.
Parabéns!!!!!!!!
Assinado pelo neófito mas distinto blog: http://chip-novo.blogspot.com
Mah, acho que não deu tempo de ler o perfil, né? É que se trata de uma periodista profissional! hehehe
Mas isso não diminui o elogio, obrigada!
Beijos!
torci muito para as meninas, no vôlei
abçs
Lucas de Oliveira